sábado, 11 de setembro de 2010

NAMORO + JUVENTUDE = DOENÇA

Este é daqueles temas que merece dez páginas de abordagem, pela sua complexidade, temas e subtemas, mas por agora, irei apenas falar de alguns aspectos.

A juventude acaba por ser a fase mais difícil da vida, pois ela pode definirá o nosso futuro, deixando-o com apenas três opções: ou nos tornamos fruto daquilo que já éramos na juventude, ou tentamos corrigir aquilo que fomos na juventude ou tentamos de certa forma, “começar do zero”.

Dentre os variados temas que tocam a juventude, hoje irei focar a parte dos relacionamentos. Antes de mais, devo lembrar que estas ideias são minhas e não recorri à muitas fontes senão aquilo que vejo e concluo, o que significa que pode muito bem se dar o caso de eu estar errado em alguma das minhas declarações.

Pelos poucos anos que tenho de vida, pude notar que a mundividência da juventude sobre o namoro tem sido uma questão que atinge desde níveis como irresponsabilidade pura até ao estado doentio.

Acho que desde o princípio, o namoro era algo sério, uma forma de relacionamento que as pessoas encontravam para se conhecer melhor, lidar com os defeitos e outras coisas mais. Hoje, para os mais jovens, o namoro é também uma questão de moda, uma questão de honra para que os amigos não achem que está “velho (a)  demais e nem um (a) companheiro (a) tem”. Deixa-me explicar: Se antes era normal só começar a namorar na faixa dos 18, 19 anos, hoje é um pecado chegar à essa idade sem nunca ter namorado (risos altos). Parece exagerado? Não é.

Chateia-me ver uma submissão desnecessária nos dias de hoje. Jovens (raparigas) com menos de 18 anos se submetem à certos papeis para não perder o namorado. Já conheci pessoas que são constantemente batidas pelos namorados, já conheci pessoas que se afastaram de mais de metade dos amigos porque o namorado não quis que continuasse a ter certas amizades, já vi pessoas tolerarem as mais cruéis e óbvias traições por não quererem perder o namorado e, enfim, é um bocado preocupante.

Nos dias de hoje, no que toca ao namoro, o sexo masculino tem sido, na maior parte dos casos, o sexo dominante. Eu acho que é uma parvoíce, um namorado bater na namorada e ela se submeter à esse tipo de coisas constantemente porque simplesmente “o ama e não consegue viver sem ele”! Que estupidez!

Maior parte dos jovens dos 12 aos 17 anos já traíram/foram traídos, já choraram por amor, já tiveram mais de um (a) parceiro (a), já tiveram frustrações amorosas ou já tiveram grandes discussões com outrem por causa de um (a) namorado (a).

Há agora a nova moda que é simplesmente acabar e voltar a namorar. O que não me falta ver, são pessoas que após uma discussão com seu respectivo companheiro, acabam o relacionamento, juram nunca mais voltar à essa pessoa, e uma semana depois volta a namorar e confessa ser o homem/mulher mais feliz do mundo. Quem tem contas em sites de relacionamentos como facebook sabe muito bem a que me refiro. Pessoas que em menos de 1 mês conseguem mudar de estado civil mais de 3 vezes, e outros que para talvez provar que também “podem”, inventam de colocar que estão numa relação quando não. É necessário parar de viver pela aparência, pelo que os outros irão pensar de nós.

Hoje, o namoro é físico, se não houver muito contacto físico, a relação gasta e alguém está sujeito a ser traído.

Meu pai teve de estudar fora do país para estudar na Universidade e minha mãe permaneceu cá no país. Lembro-me de recentemente ter visto muitas cartas que eles costumavam trocar aquando da sua estadia lá. Cartas de amor, expressando um amor cada vez maior, uma vontade de estar com o parceiro, transparência e sinceridade nas palavras e enfim, preocupação para com o parceiro. A minha mãe esperou esse tempo e hoje estão CASADOS há 33 anos.

Muitos podem dizer que isso era naquele tempo e agora as coisas já não funcionam assim. Mas porquê que não? Se naquele tempo só existiam cartas e falar ao telefone era muito caro? Se agora é mais fácil falar horas e horas ao telemóvel, existe internet e outros meios de comunicação? Porquê que os namoros não são mais duradouros? 

Problemas no relacionamento existem sempre. Mas que tipo de problema irá ter uma criança de 13 anos num RELACIONAMENTO? Chamamos à isso NAMORO? Porque envolve beijos e sabe-se lá o quê mais?

Porquê que hoje os namoros dificilmente chegam a 1 ano de duração (SEM INTERRUPÇÕES NO MEIO)??? O que se passa então com a juventude? Onde está o diálogo? Será que é verdade o ditado que diz: Entre um homem e uma mulher não pode haver amizade? (heheh)

Felicito aqueles que se têm mantido leais uns aos outros apesar de muito jovens e têm sabido encarar as coisas com a maior maturidade e gozar do verdadeiro propósito deste acto que é o "namoro".