sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Os angolanos e o Onze de Novembro [Por Ottoniela Bezerra]


A independência nacional tem uma enorme importância na vida de todos os angolanos,importância esta ofuscada e que muitas vezes é esquecida.A maioria de nós,preocupa-se apenas em usufruir de mais um feriado,na agitação das caixas térmicas,grelhados e longas mas, animadas e divertidas caminhadas para fora das localidades.Mussulo,Barra do Kuanza,Cabo Ledo, ou até mesmo para fora da Cidade da Kianda.
Confesso que durante muitos anos deixei-me levar pelo feriado sem me preocupar em parar e reflectir o mínimo que fosse sobre este dia.

Hoje,escrevo, e dedico este texto,pois ainda não me considero uma cronista, aos meus avós,pais,tios e a todos os que fizeram com que a terra da Palanca Negra,da Ilha de Luanda,da Praia Morena,da Fenda da Tundavala,da Serra da Leba,Quedas de Calandula, da Welwitshia Mirabilis e de tantas outras maravilhas que aqui temos,se tornasse numa verdadeira Nação.

Com ela,ficou para trás o saudoso “tempo do colono”,as longas filas para comprar um pão apenas, os famosos cartões que a poquíssima gente era acessível.

Considero-me leiga na matéria, pois nasci 15 anos depois deste histórico acontecimento, o pouco que sei baseia-se nas minhas monótonas lições de história de Angola que recebia na 5ª 6ª e 7ª classes, e quanto aos testemunhos orais agradeço aos meus pais que casualmente discutiam comigo e com os meus irmãos a propósito deste assunto.
Bem haja,a batalha de Kifangondo, e ao poeta e saudoso Primeiro Presidente da nação António Agostinho Neto. Com a independência, Angola aprendeu a caminhar com os próprios pés, e como um bebé que dá os seus primeiros passos, encontrou vários obstáculos pelo caminho. Vários dissabores, e o maior deles a guerra, que em 92 provocou a maior instabilidade que vimos até hoje.

Mas como nada dura para sempre em 2002 veio a paz, dar o ar da sua graça, mostrando e provando ao mundo a garra deste povo que nunca deixou de sorrir. Há ainda muito que se melhore,mas como diz o poeta, “o caminho,faz-se caminhando”... Viva o 11/11 que este ano é de 11 também.
Ottoniela Bezerra

Sem comentários:

Enviar um comentário